sexta-feira, 25 de junho de 2010

A vida da Vivian

sexta-feira, 25 de junho de 2010
.

Ando meio ausente desse meu lado virtual.
Acontece...

Às vezes é difícil dizer qualquer coisa quando apenas se sente.
Às vezes é difícil se expressar com um dia-dia tão automatizado.
Pagar contas, correr atrás de um emprego bacana naquilo que eu amo e sei fazer.
Buscar um lugar para chamar novamente de lar.
O mundo que em alguns momentos me faz pensar em mudar os rumos e largar um monte de sonhos para trás.

O momento é de mudança em todos os sentidos.
Pra qualquer lado que eu olhe, mudanças.

E é difícil quando tudo muda, para o bem e para o mal.

Rotina por vezes se confunde com segurança.
Entretanto, minha rotina tem sido de uma total instabilidade.

É, de fato, uma enxurrada de mudanças que vêm acontecendo em minha vida.

A vida que segue...
Um coração preenchido e maluco, que salta por vezes de alegria e saudade...
O lar da infância que ficará para trás...
As lembranças que vêm e vão...
As perdas da mãe, da única avó... tão recentes...

A doença numa família não contagia só ao enfermo, mas a todos.
E mesmo depois de tudo acabado, ainda me sinto um pouco doente.
Mesmo que a doença não tenha sido em mim.

Morar só, no meu caso, não se limita a morar só.
É praticamente viver só.

E tomar partido por si mesmo, tão jovem, tem sido difícil.

O que me dá forças é justamente isso.
Por ser só é que tenho ânimo de continuar a lutar.
Pois não há para onde olhar.

Sinto-me como um pilar de mim mesma.
Não posso tombar.
Não posso esmorecer.

Eu sou a base agora.

Não me sinto segura.
Aprendi a viver uma vida "certinha".

Quando se é jovem, é muito comum não ter tantas responsabilidades, ter com quem contar.

Minha garganta dói.
Prendo o choro que quer sair.

Ele vai ficar aqui dentro.
Não vou deixar ele escapar.

Não por vergonha ou por me sentir fraca por conta disso.

Mas é ele que vai estar sempre aqui, me lembrando de tudo que vivi e de tudo que devo lutar para viver ainda.

E ele vai sair daqui, sim.

Mas só no dia em que eu finalmente me sentir forte o suficiente pra andar confiante de que tudo vai dar certo e de que tudo que eu fiz serviu de alguma coisa.

Vai ser um choro de alegria.
Vai ser um choro que não dói.

Nem na garganta.

.

0 luz(es) no fim do túnel: