Águas passadas

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Respeito é bom.
Respeito consigo mesmo é melhor ainda.
E mantém a cabeça no lugar.

Nada melhor do que ser sincero com os outros e consigo mesmo.
Faz bem.
Muito bem.

Sinto-me leve.
Não tô triste, não.

Nem sempre o que planejamos é o que tem que ser.
E a cada dia eu percebo isso mais e mais.
Por isso a minha única meta hoje é levar uma vida feliz.
Respeitando a mim mesma, cuidando de mim mesma.

Porque as pessoas são infelizes porque se abandonam.
Não se ouvem.
A vida passa e quantos, ao longo de todo esse tempo, já pararam pra conversar consigo mesmos?
(não vale dizer que é do time do Tarso Cadore, tô falando sério, porra...)

A pessoa é infeliz quando não tem bagos pra tomar a responsabilidade por sua PRÓPRIA vida.
O barco fica rodando, rodando... e o tempo passa...

Acho que, muitas vezes, não podemos fazer muita coisa, mas temos que estar sempre com as duas mãos sobre o leme do barco, mesmo que não o giremos pra lado algum.
E temos, muito, mas muito mais é que saber para onde vamos.
Sempre de olho no destino.
Uma pessoa sem uma meta na vida é um ser SEM VIDA.
Acordar sem ter pra onde seguir faz a pessoa perguntar: "Tô aqui pra quê?"

Eu sei para que eu estou aqui no mundo!
Eu sei!!!

Vou correr atrás do que me faz feliz.
E o que me faria feliz agora era ficar no meu cantinho, no meu lar...
Trabalhar bastante, conhecendo gente.
Lidar com gente.
Ver meus amigos, tomar meus drinks, rir, assistir e fazer filmes...
Ouvir música...

Parece nada pra você?
Isso é uma questão de escolha.

Realizar-me.
Tornar-me quem sou.
Permitir-me ser.

Limitar-se, afogar-se de própria vontade nos problemas, acumular mágoas só traz doença, tristeza, rancor...
E isso eu não quero!
Não quero mesmo.

Fez mal?

Águas passadas...
Águas passadas...

E quer saber?

Meu barco segue!

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Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!

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Sabe o barco?
Pois é...
A correnteza tá levando a essa altura.
Acho que não adiantava mais ficar remando sem sair do lugar.
Tava cansada.

Vamos ver então o que teremos durante a viagem nesse rio...

As escolhas que fazemos na vida são responsabilidade nossa.
E somos igualmente responsáveis por dois tipos de escolhas:
as conscientes e as desatentas.

Muitas vezes tomamos decisões sem querer, agimos sem atenção.
Com isso, a vida toma rumos que nem sempre são os que queríamos trilhar.
Assim, pra "cortar o mal pela raiz", muitas vezes não nos resta outra escolha senão tomar uma decisão consciente e contrária a nossas expectativas.

E foi isso que eu fiz.
Contrariei o rumo do barco e tô me deixando levar.
Descansando os braços.

O grito.

Mas sempre de olho na margem...

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Caio Fernando Abreu

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"Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha."

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A margem

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Não tem confusão.
O objetivo é claro.

Mas e se tudo isso pelo que você luta já não existir mais?
Não consigo enxergar.
Aonde se escondeu?

Idealizar algo, projetar algo e encontrar nada disso é frustrante.
Não consigo achar o fio da meada.
O ponto certo que me levará ao que venho buscando nos últimos meses.
Sinto-me tão mal.

Não sei se estou é batendo na porta errada...
Parece que sim.

Se o que quero não é mais o que tenho.
Se o que tenho já não é mais o que tive.

Creio que as pessoas mudem.
Creio que mudei para mim mesma e para além.
Não me veem mais como d'antes.
E os outros também mudam.
Mudam muito.
Cabe a nós aceitar ou não essas mudanças.
Os encaixes são outros.

É ruim quando a gente não acompanha.

É como um barco solto na correnteza.
E por mais que queiramos nos reaproximar da margem de onde viemos, a força da água nos leva.
Remo e remo contra e não saio do lugar.
Nem para trás e nem para frente.

Está perto. Ainda vejo a tal margem.
Mas será que eu voltarei a pisar nela um dia?

É de uma angústia!
Coloquem-se nessa situação.

É como uma mão em apuros que tenta alcançar a outra, mas não consegue.
E se estica.
E se fere sempre.
E se sente impotente.
E se sente vazia.
E tenta.
E enfrenta.
E cansa.

A mão continua esticada.
Quisera poder esticar mais.

Não sei como terminar este texto.
Há tanto a dizer.
Há tanto sentimento.
Eu sinto muito.
Muito mesmo.
E sinto por alguém que estava lá perto daquela margem.
E eu nem sei mais se ele existe.
Pois agora e daqui não consigo mais vê-lo.

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Sou

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Sou imbecil.
Sou parque de diversões.
Sou novela.
Sou babá.

Sou exemplo.
Sou santa.
Sou sonho.
Sou boa.

Sou educada.
Sou mentirosa.
Sou gostosa.
Sou o que você quer que eu seja.

Sou gato.
Sou rato.
Sou alvo.
Sou encosto.

Sou e quero ser.
Não sou o que sou e só eu não sei quem sou.
Não sei também quem não sou.
E sei que sou tudo isso que você pensa...

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Alfavela

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Filmando um piloto de série pra TV Brasil.

Uma semana na Rocinha fazendo continuidade.

Wish me luck!

Tô indo lá! Até semana que vem!

Besos, chiquititos!

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Perdida na festa

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Esvaziei...
É, esvaziei.

Igualzinho aquelas bolas de aniversário que, quando você é pequeno, tenta encher mas ainda não tem força.
E desiste.
E esvazia sem tentar dar o nó.

Daí você tenta mais uma vez.
Toma fôlego.
Dá tudo de si.
Mas ainda não é o suficiente.

A não ser que você queira ser um "bola murcha" e fique brincando com aquela bolinha pesada que não voa muito alto, você tem que esvaziar e tentar enchê-la de novo.

Chato é que você vê todas as outras criancinhas ao seu redor, com seus pulmõeszinhos privilegiados, brincando à beça com suas bolinhas ou simplesmente desencanadas, se entupindo de docinhos, e você lá, batendo na mesma tecla.

Vem sempre alguém caridoso querendo te ajudar, mas você diz que não e fica lá, insistindo, com a cara roxa e os olhos esbugalhados de tanto tentar.

Tô cansada assim.
Que nem quando você tá mesmo exasperado, sem fôlego e a cabeça fica meio perdida, sem oxigênio.
Numb, I would say.

Daí tô nesse dilema:
continuo tentando ou desencano e vou pra mesa de docinhos?

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Não sou

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Não sou imbecil.
Não sou parque de diversões.
Não sou novela.
Não sou babá.

Não sou exemplo.
Não sou santa.
Não sou sonho.
Não sou boa.

Não sou educada.
Não sou mentirosa.
Não sou gostosa.
Não sou o que você quer que eu seja.

Não sou gato.
Não sou rato.
Não sou alvo.
Não sou encosto.

Não sou e nem quero ser.
Sou o que sou e só eu sei quem sou.
Sei também quem não sou.
E sei que não sou tudo isso que você pensa...

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Fazendo o bem...

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Olá, queridos leitores!

Preciso da ajuda de vocês para ajudar os outros...

Alguém conhece alguma casa de velhinhos pública ou bem pobrinha aqui no Rio de Janeiro que esteja precisando de doações de roupas e calçados? =)

Quem souber, por favor, deixa um comentário com o contato!

Valeu!!!

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