domingo, 12 de julho de 2009

Tava insegura, mas agora tô melhor... Ao trabalho!

domingo, 12 de julho de 2009
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Hoje fui assistir "A Alma Imoral" com Clarice Niskier...

Ótima peça!

A foto do cartaz é essa aqui do lado!

E como vocês já sabem, não sou crítica teatral. Não passo de uma mera admiradora da alma humana.

Ai, tem um monte de coisas que vocês podem tirar dessa peça.

Ou melhor dizendo, há milhares de coisas que essa peça tira de dentro da gente.

Têm umas parábolas bem bacanas que a Clarice conta e que pra mim, uma mera mocinha sem-religião, são perfeitamente cabíveis.


Aí vão umas "conclusões-inconclusas" e meio vagas até, mas que pra mim servem muito e podem servir pra alguém.

Da parábola do rico que só se permite comer pão, água e sal e do rabino que o repreende.

Assim, a gente conclui que quando nos é dada uma oportunidade ou determinada condição na vida, temos que aproveitar positivamente dela.

Ela diz que o rabino pede ao homem que volte a comer do bom e do melhor, pois o rico, ao comer pão, água e sal, só poderá esperar que o pobre coma pedras.

A parábola ensina que, ao perder a dimensão de sua própria vida, ao não permitir-se viver a vida que lhe é dada, perde-se a capacidade de crítica e análise da vida alheia e inicia-se um processo de castração do outro, ao imaginar que este outro também não possa realizar a sua própria vida.
Nada pode superar o patamar regulamentado.
Não se pode passar dos limites pré-concebidos pelo sujeito que castra sua própria vida por um motivo qualquer que ele mesmo ou outro ser-humano (ou extra-humano) inventou.

Muitas vezes limitamos nossas ações e pensamentos por razões que nós mesmos nem sabemos como apareceram em nosso caminho.

Estamos em um piloto automático "moral" que faz com que fiquemos policiando, regulando uns aos outros, como big brothers do dia-dia.

Dê um passo além!
Dê um passo além!

Isso me lembra aquela outra veeelha parábola "daquele cara que cruza o mar com um povo"...

Todo mundo é ensinado que ele pede ajuda a Deus e O Divino abre as águas, né?

Pois o rabino disse que não é bem assim, não...

Ele disse que o primeiro homem que adentrou o mar, o fez com o mar ainda revolto, e sem ter-se dividido...
Mas, pela fé, continuou. Deu o primeiro passo, o segundo, o terceiro... Até ficar com água pelo nariz.

Vendo o ímpeto do homem, Deus abriu o mar para que o povo passasse.

E o que eu tiro disso tudo?

O mar nem sempre está aberto, mas temos que dar o primeiro passo mesmo assim.

Por mais que tudo pareça muito difícil, quase impossível, mais à frente, temos que tentar pra ver no dá.

Temos medo, sim. Inseguros, às vezes.

Mas temos que fazer como o primeiro homem e nos arriscar.

Afinal de contas, o mundo é feito de coisas desconhecidas. Não sabemos como será amanhã. Ninguém sabe.

E podemos nos surpreender. Por isso, devemos estar preparados para enfrentar um mar revolto pela frente. Devemos estar preparados para atravessá-lo sem medo.

Vai que ele abre e você passa?

Sabe lá o que há de bom do outro lado!

DESCUBRA!

;)

PS: não podia deixar de escrever que o figurino da Clarice estava fantástico. Alguns metros de um tecido preto que eu não sei o nome, que ela arma e desarma no próprio corpo em formas cada vez mais belas... Trabalho muito bem feito! Parabéns! Muito criativo e bonito.

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2 luz(es) no fim do túnel:

Lu Grizotti disse...

Amiga, juro que eu pensei que nessa foto borrada fosse vc... Pois é,tá borrada né... mas lembra!!

beijões!

Insone disse...

EU???????
hahahahaha
só vc mesmo, Lu!

=o******